A mecânica genial que revolucionou os games
Todo jogador de Super Mario conhece o momento: Mario come o cogumelo Super, cresce e se sente invencível. Mas um toque em um Goomba o faz encolher de volta ao tamanho normal, o Small Mario.
Essa transformação não é capricho. Ela surgiu no desenvolvimento de Super Mario Bros., em 1985, para o NES. Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka queriam mostrar mais do cenário à frente, mas o sprite grande de Mario ocupava muito espaço na tela.
Em uma reunião com Toshihiko Nakago, presidente da SRD, testaram afastar a câmera. Mario ficou pequeno na tela. Nakago sugeriu: "E se tivéssemos um Mario pequeno também?". A ideia brilhou. Decidiram que o Mario grande encolhe ao levar dano, virando o pequeno — sua forma base.
Se o pequeno for atingido, perde-se uma vida. Começar pequeno dá alegria ao crescer, como explicou Miyamoto: "Isso deixa os jogadores mais felizes depois".
O cogumelo Super dá o power-up temporário. Perder o efeito reverte ao normal, equilibrando risco e recompensa. Essa "vida extra" tornou o jogo acessível, revolucionando platformers sem barras de vida complexas.
Em Super Mario Bros. e The Lost Levels, Fire Mario encolhe direto para o pequeno. Super Mario Bros. 2 inverte: começa grande por fase, encolhe no último hit point. Remakes como Super Mario Advance mostram corpo todo pequeno, com cabelo mais curto em Peach.
Super Mario Bros. 3 ajustou: versões internacionais revertem Fire Mario para Super antes de encolher. No Japão, vai direto ao pequeno. Super Mario World inovou: do pequeno, flor de fogo vira Fire Mario direto, pulando o super.
New Super Mario Bros. reviveu o clássico 2D, adicionando Mini Mario ainda menor. Em New Super Mario Bros. Wii, Toads pequenos dão menos vidas se resgatados.
O 3D mudou visuais, mas não o cerne. Super Mario 3D Land estreou Small Mario tridimensional: sem boné, voz seis tons mais aguda. Super Mario 3D World expandiu para Peach, Rosalina, Toads e Captain Toad — cabelo encurta, bonés invertem cores.
Em Super Mario Run, após update 3.0.4, todos encolhem para um hit extra. Super Mario Bros. Wonder, de 2023, mantém o 2D puro, sem alterar cabelo de princesas. Em Bowser's Fury, dano repetido cria "gigante pequeno" no Giga Cat Mario.
Vantagens do pequeno: entra em fendas, como em Super Mario Land, desvia de obstáculos altos sem agachar. Desvantagens: não quebra blocos de tijolo, morre fácil. Força estratégia — pegue power-up antes.
Essa mecânica equilibra dificuldade, nascida de limitações do NES. Influenciou roguelikes e soulslikes com perdão progressivo. Aos 40 anos, em 2025, persiste no Nintendo Switch 2 Welcome Tour.
Miyamoto, Tezuka, Koji Kondo e Nakago, em entrevista recente, afirmam: Mario evolui, mas raízes como o encolhimento garantem longevidade. Não é bug, é gênio: transforma problema em ícone eterno.
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